Arte e meio ambiente , poderes questionadores…

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arte ecológica leva em consideração que toda atividade humana afeta o mundo em torno dela. Por esse motivo, ela analisa o impacto ecológico da construção, exposição e efeitos a longo prazo da obra. As questões ambientais são mais aparentes no discurso desse tipo de arte – ela envolve toda uma metodologia eco-friendly. Muitos projetos envolvem uma restauração local, ou emergem diretamente de uma função de serviço a ecossistemas ou comunidades. Essa prática artística busca estimular carinho e respeito pela natureza, propiciando diálogos e incentivando mudanças estruturais a longo prazo. Muitas vezes os projetos envolvem ciência, arquitetos, educadores, etc.
Um artista que segue essa perspectiva é o brasileiro Vik Muniz, que cria diversas obras utilizando lixo. O documentário “Lixo Extraordinário” mostra o trabalho do artista e apresenta seu processo criativo e sua relação com uma comunidade próxima de um aterro sanitário do Rio de Janeiro
Outro artista muito importante no cenário brasileiro é Frans Krajcberg. Uma marca de sua obra são esculturas com árvores calcinadas, que são recolhidas de locais que sofreram com queimadas e desmatamento. A obra denuncia a violência do homem com a natureza e tem forte caráter ativista.
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As preocupações mundiais com temas como o desmatamento, aumento de epidemias, poluição, aquecimento global, esgotamento de espécies, novas tecnologias genéticas, novas e velhas doenças, são reflexos de um novo mundo. Junto com tudo isso surge a demanda de atribuir à arte a função de destacar as questões da natureza. O movimento cultural global em função de uma vida voltada para consumo consciente expandiu o papel da arte e dos artistas em nossa sociedade. Independente de uma classificação fechada, percebe-se nos museus e galerias do mundo todo que a questão ecológica e as mudanças climáticas estão determinando muitas atividades artísticas
As mudanças cultural e social devem emergir de mãos dadas. Para curar nossa relação com a terra, e construir formas de conscientização, qualquer paixão e criatividade que pudermos reunir é bem-vinda. Todos têm um papel a desempenhar nessa mudança: artistas, empresas e cada um de nós. Cada expressão com esse discurso é um passo, cada obra de arte é uma inspiração potencial para trabalhos futuros. As obras propiciam a abertura de um diálogo, provocam ideias e são capazes de mudar o pensamento das pessoas ao longo do tempo.. Ao artista é creditada a função de ativista, para expor a demanda pela urgência de mudanças que a sociedade precisa. A arte ambiental é uma arte engajada. Ela busca a construção de novos valores e jeitos de se viver.
Fonte: Marina Santos /Ecycle

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