Alfredo Volpi muito além das bandeirinhas

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Volpi afirma que não pinta bandeirinhas. Para ele, toda sua obra teve sempre o mesmo foco: resolver problemas da pintura. Utiliza os elementos não como descrição ou tema, porém como solução plástica, pretexto, imaginação.
Discurso e imagem se intercambiam: as trocas entre as diferentes linguagens são fluidas, sem hierarquias ou traduções literais. Seu trabalho resulta de uma pesquisa manual e reflexiva, de um profundo conhecimento adquirido laboriosamente, que evidenciam soluções plásticas altamente sofisticadas. Seria interessante fazer uma alusão a Alberto da Veiga Guignard, que na mesma época criava suas paisagens imaginantes com balões, como o próprio artista nomeou parte das pinturas produzidas em torno das décadas de 1950 e 1960. Para o crítico Rodrigo Naves, apesar de suas diferenças, Guignard e Volpi alcançam uma aparência final semelhante, imagens onde tudo parece estar em suspensão . As pinturas de paisagens de Guignard, em sua maioria de Minas Gerais, estado onde viveu a partir da década de 1940 até sua morte, em 1962, fazem ver “as paisagens e festas que muitas vezes fazem flutuar – numa atmosfera azul acinzentado, às vezes muito escuro – edificações, casas, igrejas, junto a balões (…)”  A tinta bastante diluída faz com que os objetos e o espaço, feitos da mesma substância colorida, se tornem leves como o ar.
Não é à toa que em 1944 o próprio Guignard irá convidar Volpi para uma exposição coletiva e visita às cidades históricas mineiras,percursos estes que convergem em influxos na poética do artista.
Fonte ; trechos Tais Monteiro , Revista Ars

OBRAS DE ALFREDO VOLPI, GUIGNARD, AMILCAR DE CASTRO E MUITO MAIS, VOCE ENCONTRA NA TOPPO ARTES.

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