Grupos do WhatsApp podem causar ansiedade

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Muito usado, aplicativo de mensagens instantâneas gera preocupações exageradas e medos muitas vezes infundados.
A tecnologia de comunicação foi fundamental na pandemia do novo coronavírus. Além de preservar empregos e manter em atividade setores da economia, foi com os aplicativos de mensagens que pudemos conservar laços afetivos com amigos e familiares. Em contrapartida, esses apps, como o WhatsApp, também se tornaram fonte de ansiedade. Em grupos, então, a coisa fica bem pior.
Diferentemente dos e-mails corporativos, que separam a vida profissional da pessoal, os grupos de trabalho misturam-se aos particulares e, quando menos se espera, acaba-se lendo e respondendo fora do expediente. Afinal, estamos on-line praticamente o dia todo.
Para a psicóloga Fabíola Luciano, que trata de transtornos de ansiedade, esses aplicativos podem gerar aumento de pensamentos negativos, necessidade de checar constantemente o smartphone e dificuldade de cultivar vínculos sociais na vida off-line.
“Precisamos encontrar formas de manter a conexão em tempos de isolamento e o WhatsApp cumpre muito bem essa função, porém, é preciso equilíbrio para sustentar a saúde mental, pois, como tudo na vida, o excesso pode ser muito prejudicial”, conta.
Os grupos, característicos desse app, potencializam a ansiedade, com mais gente trocando mensagem, mais exposição dos participantes e aumento da agressividade em conflitos de ideias. O ritmo frenético da conversa se potencializa com as notificações, principalmente as daqueles chats que não podemos silenciar.
Em uma publicação anterior à pandemia, o médico e psicólogo Roberto Debski avaliou que, quando utilizado com moderação e bom senso, o WhatsApp pode ser altamente benéfico para pacientes internados.
“Não se deve exagerar no uso de aplicativos de comunicação, porque isso pode acarretar aumento de ansiedade e atrapalhar o repouso necessário”, ressaltava Debski à época.(-)
O aplicativo de mensagem é uma maneira de aproximar as pessoas, seja de relacionamentos pessoais ou profissionais, mas, como vimos, aumenta a ansiedade. Entretanto, é possível resolver essa equação sem jogar o celular pela janela.
“Notícias falsas que circulam, o excesso de horas conectado, a pessoa que está on-line e não responde…”, enumera Fabíola Luciano. “Tudo isso pode acontecer ao mesmo tempo em que usamos os aplicativos, gerando para algumas pessoas o aumento da ansiedade e pensamentos negativos, necessidade de checar constantemente e dificuldade de manter a socialização com a vida real.”
Veja alguns conselhos da psicóloga para quem precisa controlar essa situação:
Verifique quanto tempo você tem passado no app;
Estabeleça um limite diário para uso
Distribua seu tempo com outras atividades que causem bem-estar;
Compreenda que as outras pessoas podem estar envolvidas em outras atividades, e nem sempre poderão estar disponíveis no mesmo momento que você. Isso não significa falta de interesse;
Tenha tolerância com o tempo de resposta. Não fique checando o celular a cada momento;
·Cheque a fonte das informações. Não acredite e compartilhe tudo o que vê.  ( por: Catraca Livre)
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