A modernização de Paris – traduzida nas reformas urbanas implementadas por Haussmann, entre 1853 e 1870, relaciona-se diretamente à sociedade burguesa que se define ao longo das revoluções de 1830 e 1848.
A ascensão da burguesia traz consigo a indústria moderna, o mercado mundial e o livre comércio, impulsionados pela Revolução Industrial.
A industrialização em curso e as novas tecnologias colocam em crise o artesanato, fazendo do artista um intelectual apartado da produção. “Com a industrialização, esse sistema entra em crise”, afirma o historiador italiano Giulio Carlo Argan, “e a arte moderna é a própria história dessa crise”.
O trajeto da arte moderna no século XIX acompanha a curva definida pelo romantismo, realismo e impressionismo.
Os românticos assumem uma atitude crítica em relação às convenções artísticas e aos temas oficiais impostos pelas academias de arte, produzindo pinturas históricas sobre temas da vida moderna.
A Liberdade Guiando o Povo (1831), de Eugène Delacroix (1798-1863), trata da história contemporânea em termos modernos. O tom realista é obtido pela caracterização individualizada das figuras do povo. O emprego livre de cores vivas, as pinceladas expressivas e o novo emprego da luz, por sua vez, recusam as normas da arte acadêmica. O realismo de Gustave Courbet (1819-1877) exemplifica, um pouco mais tarde, outra direção tomada pela representação do povo e do cotidiano.
O rompimento com os temas clássicos vem acompanhado na arte moderna pela superação das tentativas de representar ilusionisticamente um espaço tridimensional sobre um suporte plano. A consciência da tela plana, de seus limites e rendimentos inaugura o espaço moderno na pintura, verificado inicialmente com a obra de Éduard Manet (1832-1883). As pesquisas de Manet são referências para o impressionismo de Claude Monet (1840-1926), Pierre Auguste Renoir (1841-1919), Edgar Degas (1834-1917), Camille Pissarro (1831-1903), Paul Cézanne (1839-1906), entre muitos outros.
Um diálogo crítico com o impressionismo estabelece-se, na França, com o fauvismo de André Derain (1880-1954) e Henri Matisse (1869-1954); e, na Alemanha, com o expressionismo de Ernst Ludwig Kirchner (1880-1938), Emil Nolde (1867-1956) e Ernst Barlach (1870-1938).
O termo arte moderna engloba as vanguardas européias do início do século XX – cubismo, construtivismo, surrealismo, dadaísmo, suprematismo, neoplasticismo, futurismo etc. – do mesmo modo que acompanha o deslocamento do eixo da produção artística de Paris para Nova York, após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), com o expressionismo abstrato de Arshile Gorky (1904-1948) e Jackson Pollock (1912-1956).
Na Europa da década de 1950, as reverberações dessa produção norte-americana se fazem notar nas diversas experiências do tachismo.
No Brasil, a arte moderna – modernista – tem como marco simbólico a produção realizada sob a égide da Semana de Arte Moderna de 1922. Já existe na crítica de arte brasileira uma considerável produção que discute a pertinência da Semana de Arte Moderna de 1922 como divisor de águas. (trechos : Enciclopédia.Itaú Cultural)
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