Iris Apfel, ícone de irreverência e autenticidade

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 A empresária e designer de interiores é bem conhecida na sociedade novaiorquina pelo estilo de se vestir extravagante e bem- humorada. Vale ler (ou reler) essa matéria publicada originalmente em 2012 que explica por que Iris provoca tanto fascínio.
Sobre o hype em torno de sua pessoa: “Nunca tive muito mentores ou ícones nem nada, eu simplesmente fui indo. Quando era muito jovem, talvez em minha adolescência, fui fazendo experimentações até que encontrei o que eu gostava. Não demorou muito tempo. Não gosto de tendências mesmo – gosto de tradição. Estou fazendo o mesmo e gostando das mesmas coisas. Claro, dizer que eu não mudo faz com que eu soe estúpida. Você vai mudando com o tempo. Quer dizer, você cresce – mas a minha sensibilidade básica é a mesma. Não estou fazendo nada violentamente diferente do que eu fazia há 50 anos. Isso é lamentável, meu marido e eu rimos disso o tempo todo porque pensamos ‘Meu Deus’, essas garotas dizem que eu sou ‘cool’, ou ‘hot’, ou qualquer que seja a expressão, e eu não estou fazendo nada diferente do que fazia há muito tempo. É engraçado. Não posso dizer que não gosto, é muito lisonjeiro. De fato, acho que uma das coisas mais lisonjeiras que já ouvi – sabe, eu quase caí da cadeira quando ligaram pra me contar – é que a PR da grife Alexis Bittar tem uma tatuagem minha no pulso. É um ótimo retrato! Eu ainda não o vi em pessoa, mas aparentemente se parece exatamente comigo”.
Sobre envelhecer com dignidade: “Envelhecer graciosamente é não usar maquiagem pesada (…) e não tentar parecer mais nova (…) Eu acredito que foi Chanel quem disse ‘Nada faz uma mulher parecer tão velha quanto tentar desesperadamente parecer jovem’. Acho que você pode ser atraente em qualquer idade. Acho que tentar parecer jovenzinha quando você não é te faz parecer ridícula. Sou muito contra a cirurgia plástica. Acho que – Deus me livre – se você se envolver em um acidente, ou se for amaldiçoado com o nariz do Pinóquio, tem que ir e consertar. Mas para entrar debaixo da faca, acho que é muito doloroso, muito caro, e tendo passado por hospitais tanto quanto eu passei, se submeter a cirurgias quando você não precisa delas não é uma coisa inteligente. (…) Acho que se as mulheres usassem mais desse tempo e dinheiro em suas cabeças, elas ficariam melhores”.
Sobre seus cuidados de beleza: “Eu não faço muita coisa relacionada à beleza. Uso coisas muito simples na minha pele. Não tenho tempo. Antes eu fazia tratamentos faciais, e ia para casa carregada de produtos, pagava muito dinheiro e não usava nada. Um dia um dermatologista me disse para usar Cetaphil para limpar o rosto, e para hidratar, e é isso que faço. Eu usava – quando era mais nova – maquiagem bem, bem pesada nos olhos e lábios muito vibrantes. Agora que estou mais velha, não maquio mais os meus olhos porque quando você é mais velha, suas pálpebras enrugam. Se você usa azul ou verde, e não é uma expert, acaba parecendo uma tartaruga”.
Sobre seus cuidados com a saúde: “Sou muito ativa e não fico sentada por muito tempo. Gosto de comer bem, não gosto de comida doce, e não como porcaria. Eu gostava de beber, não muito, é claro – agora eu só tomo vinho no jantar. (…) Às vezes dizem que não como o suficiente, mas é melhor comer a menos do que a mais. Acho que as pessoas ficam mais doentes por comer muito das coisas erradas. O corpo é como uma máquina – se você não coloca o tipo certo de combustível, ele não vai funcionar tão bem, ou vai ficar congestionado. Eu costumava fumar muito, e há uns 50 anos parei de uma vez – e eu fumava quatro maços por dia. Meu marido havia me comprado uma linda cigarreira que tinha um filtro, e você podia tira-lo e ver toda aquela gosma marrom, e eu dizia ‘Oh, isso está em mim? Oh!’”.
Iris Apfel também já lançou um livro que brinca com a fama: é a publicação Ícone por acaso – reflexões de uma estrela geriátrica (em tradução livre). Para Iris Apfel ‘é mais importante estar feliz do que bem vestida ‘  

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