Lygia Clark (1920-1988) foi uma pintora e escultora brasileira da arte geométrica. Abdicou do rótulo de artista, exigindo ser chamada de “propositora”.
Lygia Pimentel Lins, conhecida como Lygia Clark (sobrenome do seu marido), nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, no dia 23 de outubro de 1920. Em 1947, já casada e com três filhos, mudou-se para o Rio de Janeiro e iniciou-se na arte da pintura sob a orientação do artista plástico Burle Marx.
- Início da Carreira: Lygia Clark nasceu em 23 de outubro de 1920, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Ela iniciou sua carreira artística estudando pintura com os artistas Zélia Salgado e Burle Marx no Rio de Janeiro.
- Movimento Neoconcreto: Nos anos 1950, Lygia Clark foi uma das fundadoras do movimento neoconcreto, que buscava uma maior integração entre a arte e o espectador. Esse movimento foi uma resposta às limitações do concretismo, enfatizando a participação ativa do público.
- Bichos: Uma de suas séries mais famosas, intitulada “Bichos” (1960), consistia em esculturas articuladas de metal que os espectadores podiam manipular. Essa série marcou uma mudança significativa em seu trabalho, passando de pinturas bidimensionais para obras tridimensionais interativas.
- Arte Terapêutica: Na década de 1970, Lygia Clark começou a se afastar da produção de objetos artísticos e a explorar a arte como forma de terapia. Ela desenvolveu uma série de práticas artísticas terapêuticas que chamava de “proposições”. Essas práticas incluíam a interação direta com objetos sensoriais para promover a cura emocional e psicológica.
- Reconhecimento Internacional: Lygia Clark ganhou reconhecimento internacional e teve suas obras exibidas em importantes museus e galerias ao redor do mundo. Em 2014, o Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova York realizou uma grande retrospectiva de sua obra, destacando sua importância para a arte contemporânea.
- Legado Duradouro: O impacto de Lygia Clark na arte contemporânea continua a ser celebrado. Sua abordagem inovadora e sua exploração das fronteiras entre arte e vida influenciaram muitos artistas contemporâneos. Ela é frequentemente citada como uma pioneira na integração da arte com a experiência sensorial e participativa.
Lygia Clark faleceu em 25 de abril de 1988, no Rio de Janeiro, mas seu legado perdura, inspirando novas gerações de artistas e entusiastas da arte a repensar as possibilidades da criação artística e sua relação com o público.
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